O Brasil é uma verdadeira potência no setor elétrico global. O país ocupa a 6ª colocação mundial com 87 milhões de unidades consumidoras conectadas. Segundo estimativa da Thymos Energia, este mercado movimenta uma receita de R$ 200 bilhões por ano com o consumo de eletricidade. Portanto, entender o funcionamento da formação de preços e seus impactos na economia nos dá subsídios para compreender os valores da conta de luz.
Atualmente, existem duas formas de comprar energia no país. Uma delas – e talvez a mais popular porque, até o momento, atinge a maioria de consumidores brasileiros, como os residenciais – é pelo Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Neste sistema, o fornecimento de energia é feito pelas concessionárias e o preço é regulado. O cliente paga pelo consumo, pelas taxas e o valor de diferentes bandeiras tarifárias.
Outra opção é pelo mercado livre de energia, oficialmente chamado de Ambiente de Contratação Livre (ACL). Nesta modalidade, os consumidores negociam com fornecedores as melhores condições de compra e venda de energia. Hoje, o sistema está disponível para unidades consumidoras de alta e média tensão pertencentes ao Grupo A, como pequenos e médios estabelecimentos comerciais e industriais.
Para garantir que os valores praticados no mercado livre de eletricidade sejam equitativos e regulamentados em nível nacional, adota-se o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), que é calculado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O que é PLD?
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) é a principal referência para estabelecer o valor da energia elétrica no mercado livre. Seu cálculo é feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para precificar a diferença entre a quantia formalizada nos contratos do setor elétrico e o consumo real de energia. Com base nessa métrica, é possível identificar os excessos e déficits na produção de energia e, assim, determinar um equilíbrio entre o custo das operações e o valor que chega ao consumidor.
O número é divulgado diariamente para cada hora do dia pela CCEE. Esse dado é público e disponibilizado no próprio site da instituição. Para a formação do PLD considera-se a aplicação dos limites máximo (horário e estrutural) e mínimo vigentes para cada período de apuração e para cada subdivisão do mercado nacional distribuída em Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul.
O valor do PLD é expresso em reais por megawatts-hora (R$/MWh) e seu cálculo é influenciado por diversos fatores: volume de produção das usinas hidrelétricas, condições climáticas, demanda energética geral, preços de combustíveis, custo de déficit, disponibilidade de geração e transmissão do sistema elétrico. No mercado livre, as oscilações do PLD são oportunidades de negociação da energia.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é o órgão responsável por definir anualmente uma faixa de valores permitidos para o PLD, garantindo a estabilidade e segurança do sistema elétrico.
A Importância do PLD no Mercado Livre
O PLD é uma referência importante para as operações no mercado livre do setor elétrico. Ele é a base para a precificação da energia neste ambiente em que predomina a livre negociação de curto e longo prazo entre consumidores, distribuidoras e geradoras. Essa métrica também dá segurança para contrações e acordos feitos no mercado livre.
O mercado livre de energia proporciona previsibilidade e flexibilidade ao consumidor. Neste ambiente, é possível contratar uma quantidade específica de energia alinhada à previsão de gastos do consumidor.
Se o gasto de energia for menor que o previsto no contrato, o cliente pode receber um valor excedente da comercializadora relativo à quantidade não utilizada. Nesse processo, o PLD é fundamental porque o pagamento será feito com base no preço vigente. No caso inverso, ou seja, quando o cliente consome mais que o contratado, ele deverá pagar o valor adicional tendo como referência a mesma lógica e podendo negociar flexibilidade no contrato.
Também é possível readequar o consumo de energia para aproveitar os horários de menor valor, a partir da divulgação antecipada do cálculo do PLD. Esse processo flexível é vantajoso para o cliente que está no mercado livre de energia.
Impactos Práticos do PLD para o Consumidor
Como o PLD está diretamente ligado aos custos de energia elétrica é natural sua influência direta na fatura da fatura de empresas. Suas variações também trazem impactos para os custos operacionais e orçamentos.
A lógica é a seguinte: quando há períodos de alta demanda, consequentemente, temos impactos com preços mais altos da energia. Por outro lado, se os períodos são de baixa demanda a tendência é de custos mais reduzidos.
Por isso, é fundamental que os consumidores compreendam o funcionamento do PLD e suas flutuações. Esse conhecimento se traduz em oportunidade de otimização do uso de energia. Dessa forma, o consumidor tem condições de adotar estratégias, como a readequação do consumo energético para períodos e horários com custo menor.
Na medida em que se compreende as tendências de preços e projeções, levando em consideração ainda a demanda e as diretrizes de contração desejada, o consumidor passa a fazer a gestão eficiente do uso da energia elétrica, contribuindo para a sustentabilidade do sistema elétrico nacional.
Suporte especializado e análises precisas no Mercado Livre de Energia
Contar com sistemas avançados de análise de dados de PLD e ter o suporte de profissionais altamente qualificados são essenciais para uma gestão sustentável e eficiente em relação ao consumo de energia.
O Grupo Delta Energia atua há mais de 22 anos realizando a gestão de empresas com alto consumo energético, sendo inclusive, responsável por migrar o primeiro cliente para o mercado livre de energia.
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